27 julho 2013

Não estou pronta, só dizendo.



Confesso que não queria escrever por um bom tempo. Porque eu sei que escrever significa cavar meus sentimentos lá no fundo e fazer com que eu confesse coisas que não queira confessar. Faz dias que eu não estou muito bem, mas está na hora de escrever um pouco. Coloco minha playlist pra tocar, baixo o volume pra poder escutar meus pensamentos. Respiro mais um pouco, vamos lá então. 

Peguei uma foto minha antiga e comecei olha-la. O peito se aperta, a saudade machuca. E aí eu começo a pensar nas minhas outras saudades, que não são poucas. Saudade de entes queridos que já partiram, como a minha madrinha e meu avô materno. Morreram quando eu era tão pequenina, talvez seja esse o motivo que não consigo lidar com mortes. Saudade de velhos amigos, velhos laços. Saudade do meu coração inteiro.

 Eu sei que na vida inteira nós apaixonamos. Mas, podemos pular uns anos, talvez? Eu não estou pronta pra me apaixonar, pra viver de ilusões, fazer planos com uma pessoa que no final vai embora. Não quero ficar stalkeando ninguém e me sentir mal. Ficar louca de ciúme. Odeio isso. Odeio me sentir insegura, me sentir frágil nas mãos de outra pessoa. Minimizar-me pra ele se sentir bem, pegar migalhas de amor que caíram no chão enquanto ele passou. Se apaixonar não é pra mim, definitivamente. 

 Ainda dói. Meu coração continua batendo devagar. Como se fosse pesada cada pulsação. Ainda tenho pesadelos, meus olhos ainda se enchem d’agua. Algumas músicas ainda me abalam. Estremece-me. Eu não quero tentar de novo, não quero novas borboletas no estômago. Só preciso de tempo. Um tempo pra cuidar de mim, cuidar da minha vida e do que me faça bem. Pouco a pouco vou dando mais um passo. A escalada é grande, mas dos nossos sonhos, dos nossos objetivos não se desiste. Se persiste.

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